terça-feira, 1 de maio de 2012

quinta-feira, 15 de março de 2012

Aguardo-te


Eu decidia meu futuro e estava sempre sujeito ao sucesso ou fracasso. 
Acordei com vontade de tirar das costas esse peso e dar liberdade ao que pode direcionar meu próximo passo.
Eu que ia sozinho, tomo o primeiro retorno e volto. 
Não consigo por mim mesmo. 
Careço dessa Tua graça que me constrange costumeiramente.
Aguardo-te.

"[...] não será por meio de um poderoso exército nem pela sua própria força que você fará o que tem de fazer, mas pelo poder do meu Espírito. Sou eu, o Senhor Todopoderoso, quem está falando."

Zacarias 3.6

Pablo




sexta-feira, 9 de março de 2012

Mais uma bobagem existencialista


        Não há nenhum mistério na simples razão de ser honesto, e é pela ausência dessa razão que pequenas fagulhas de justas causas remanescentes são tragadas e engolidas pelo infame, ganancioso e “justo” coração.

As crises são tão fortes que nem o mais intrépido revolucionário conseguiria suportar. Isso remete ao valor que há no próprio valor do ser; no investimento que se faz na construção do caráter; no significado de, mesmo não querendo, apenas ser mais um parafuso na engrenagem do mundo, mais um centavo que move o sistema, mais um pequeno sistema nesse mundo de centavos.

Não inventei o dinheiro, não imaginei o lucro, não pensei no ônus, não criei o produto e sinto-me como se tivesse feito tudo isso. Quer saber? Não é só por me sentir assim que tais questionamentos me sobem à mente, é porque eu mesmo fiz tudo isso. Eu mesmo, humano. Este que se sente como dono do mundo por também achar que o criou. Homem.

Talvez o homem não seja o que imagina e nem saiba a justificativa dos meios pelos fins. Já dizia Dostoiévski: “O homem é, acima de tudo, um animal que constrói, condenado a buscar conscientemente um objetivo e exercer a arte da engenharia, ou seja, a abrir caminho para si mesmo incessante e eternamente, não importando aonde esse caminho o leve”.

O fato é que sistemas precedem revoluções e revoluções precedem sistemas.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

O dia sente. A gente passa.


Sabe o quanto é dolorosa uma experiência difícil? A gente nem tem noção. Observar a capacidade de recuperação ou mesmo o processo pelo qual alguém passa é fácil. Analisar o nível de resiliência de alguém é fácil ou não, porque não estou passando por aquilo. É mais complexo passar, viver, sentir na pele algo, bem como é muito mais real.

Contos de Fadas só trazem à tona a irrealidade. É tudo ficção, tudo conto, tudo imaginação. Pensamentos conseguem atingir tantas ideias mirabolantes como se fossem reais. E o que de fato é real? Sentar ao lado daquela pessoa desejada ou simplesmente sonhar que aquele beijo aconteceu? (Talvez fosse mais que um sonho... Só imaginação).

E se o sonho não se tornasse real ou não pudesse ser verdade? E se tudo o que se visse indicasse a mais completa quimera? E se não fosse possível nem dizer a verdade? E se os próprios escombros de tantos intentos ruíssem novamente? E se fosse mais fácil reunir todos os escombros, todo o pó? Quão mais difícil seria reaver toda construção começando do “zero”?

O melhor de tudo é que, mesmo com todas as impossibilidades claramente visíveis, a gente continua acreditando de alguma maneira inexplicável. Poderia levar adiante? Deveria insistir? Seria sensato tentar novamente? Tentar o que talvez nunca tenha sido de fato real...

A saída: continuar vivendo... Continuar sonhando... Talvez, um dia eu me sinta capaz de realizar tudo o que imagino. Que esse dia sinta a minha incapacidade de descrever-te e que eu passe a saber te encontrar nos outros que vierem.

Pablo